segunda-feira, 18 de maio de 2009

À Flor da Pele

procuro um rasto de ti.

à flor da pele tropeço nos passos cansados.
à flor da pele trémulo e exausto
tapo todos os poros.
à flor da pele amordaço a esperança.
à flor da pele nado no suor derramado
lamento, encolho e sorvo a fraqueza.
à flor da pele conspiram lugares e olhares
mostro-me nu, estrangulo e mordo a inocência da carne.
mato!

à flor da pele, quebro e morro mais um pouco.
à flor da pele, procuro um rasto de ti.

Rui Lopes Graça

3 comentários:

Anónimo disse...

Hoje acordei… assim!
com o meu pensamento em ti,
senti-me desnudada das cores da nossa felicidade que já lá vai!
O tempo passa, mas não apaga de todo, tudo o que já foi!
A saudade está aí, para ficar,
e sem querer partir,
vai quebrando o encanto da magia,
dos dias em que contigo fui feliz.

Hoje acordei… assim!
Com a sombra do sol, que teima em queimar,
Com a forma da lua, que não quer dormir.
Imagens sem cor, povoam no meu pensamento!
Musica sem som, que me faz dançar no palco do vazio.
E sem a ternura do teu olhar,
Fico assim,
Aqui... á espera de ti!

Hoje acordei… assim!
Sem ti… ao pé de mim.

ALP

ACCA disse...

Não sei quem é o autor...mas o poema é lindissimo! :-) Obrigada

Cris

Anónimo disse...

O autor... sou eu mesma.
Alguém, que tem " à flor da pele" uma saudade, que não se explica, que não se vê, mas que se sente.

Um beijinho

Ana

PS: obrigado também pelas tuas palavras :-)))